Vicios

Há uns anos atrás era viciada em Lost!
Oh pá aquela malta na ilha,os mistérios,as mortes,o drama que me agarrava.
Depois veio o CSI (que cansei um 'cadito) mas adorava os planos e os trajectos das bolas e essas coisas xp que fazem"olhão"!

Agora ando viciada em 3 séries,que a maior parte dos meus amigos não gosta ou não segue ou nunca ouviram falar :(
Pronto e eu fico a remoer sozinha as cenas e os enredos,que parece uma p* de uma novela mexicana na minha cabeça!
Aqui fica o meu top 3:
Esta gaja é assim qualquer coisa de sonsa/inteligente,com um enredo que rebusca as leis ridiculas e as suas falhas nos States (que aquilo é malta para ter lei para tudo)!
Mais uma gaja que ajuda a malta que se mete em trabalhos e ajuda a limpar a imagem ,pelo meio intrigas com o mundo poderoso que é Washington.(e há tanto lixo debaixo dos tapetes para limpar).
Este gajo e a equipa que prepara o jornal de maior audiencias nos States.Segue a equipa e as relações pessoais e profissionais entre todos.O jogo do poder com os media é o tema quente.O gajo é um parvalhão/um heroi/um recalcado/um meloso.. enfim um eterno idealista.No mundo e no amor.

Agora vou ali fazer um update,que graças à net já está tudo online 2 dias depois de passar na terra do Tio Sam!

Volto já*



Os nossos velhos

A SIC passou uma reportagem no fim de semana sobre o negócio dos lares.
O abandono dos filhos
E mais do que isso, mostrou a tristeza,a solidão e a vergonha de ser velho.

Senti vergonha alheia.Pelos pais(velhos) que falaram e diziam que descontaram a vida toda,que tinham poupanças e que os filhos abandonaram-nos no lar e nunca mais os visitaram.
Senti vergonha quando uma filha no alto da sua razão diz ao telefone a uma irmã: "vou levá-la ao hospital e fica lá!Quero la saber!Onde é que a vamos enfiar? A segurança social só abre segunda!"Foda-se que vergonha!Que nojo!

Tudo naquela reportagem me indignou,me emocionou,me deixou a tremer com o futuro dos meus e com o meu proprio futuro.

O negócio dos lares é para mim tão legitimo como os infantários.Os pais e os filhos precisam/precisaram de trabalhar,necessitam/necessitaram de alguem que cuide/cuidasse deles.
Consigo ser compreensiva e aceitar que os pais estejam num lar,não compreendo que filhos vejam as condições em que vão deixar os pais e não fiquem indignados.
Que prefiram pagar 900€ para cuidarem dos pais e nunca os visitar.Que vejam os pais mal tratados e prefiram virar os olhos e fazer de conta.
Os pais são um fardo.Os pais deixam de ajudar financeiramente os filhos e são despejados num lar.Os pais deixam de caminhar e são postos num lar deitados o dia todo,ensopados em urina e isso não indigna os filhos.
Os filhos têm bebés que são netos.Que estão no infatário.Que se aparecem com o rabo assado por estarem horas com a fralda os papás ficam indignados e apresentam queixa. Estes pais sentem a dor de pai e esqueceram a dor de filhos.

Pelo meio as minhas lágrimas rolaram a pensar no que vou eu fazer e no que me vão fazer.

E percebi que este não é  de todo um país para velhos...

Volto já*





Trilhar o caminho

Nasci e fui batizada poucos meses depois.
Aos 5 anos fui para a catequese.
Aos 14 fui expulsa pelo padre da paróquia com um grupo de amigas,porque nos recusavamos a trabalhar nas obras de construção civil da casa do padre.Sim,ele meteu os putos todos a trabalhar durante a semana,3h por dia nas obras.
"Ai isso é voluntariado".Não é meus amigos.Para isso estava lá o meu pai como voluntário.

Portanto aos 14 mudei de paróquia e conheci o verdadeiro voluntariado. Adorei tudo o que representou para mim, a minha educação no seio da Igreja e vi-a com outros olhos.Foi uma aprendizagem que ficou em mim.
Respeito,humidade e carinho.

Entrei para a faculdade e ia esporádicamente à missa na terra. Esses esporádicos transformaram-se em meses com pontualidades em casamentos/comunhões e funerais.

O practicante passou a não-praticante.

Depois veio o pedido de casamento e a convicção que seria na Igreja,no meu templo,onde está o meu culto,onde me identifico com o que representa (não quer dizer que identificar remeta para a concordância total).Mas é aqui que não balanço na minha fé.

Antes de casar reunimos como o o Padre e conversamos sobre nós.Sobre o afastamento físico mas não espiritual que fiz.
O que lhe disse comoveu-o.
O que revelei deixou-o a ele e ao marido espantados a olhar para mim. Emocionei-me.Emocionei-os.


O que sou,quem sou fui eu que formei.A minha religião permitiu-me descobrir o que de melhor tem e conseguiu passar-me valores  que enraizei em mim,o certo e o errado(forma simplista para não divagar).

Algures a meio da conversa perguntou-me se estaria disposta a encaminhar os filhos nos mesmos caminhos que eu trilhei dentro de mim,para estar ali naquele momento.
E sim,quero.
Não tenho problema em dizer que gostava e vou mostrar aos meus filhos o caminho que eu acho certo.Podem e devem questionar-lo.Fi-lo tantas vezes!Podem e se assim o entenderem seguir outro caminho quando acharem que aquele não é o deles.Eu procurei outro caminho e voltei para onde saí.

E o marido não tem palavra óh Lua?
Tem sim senhora! Pois que ele não teve nenhum tipo de educação de religião.
Não teve,mas tem uma coisa que faz toda a diferença: fez a busca interior dele e é precisamente no mesmo sitio e na mesma Igreja que ele sente que pertence.

Para mim a Igreja nunca foi o sitio onde só fui casar ou  vou batizar os filhos porque os outros acham que devia ou pela familia ou pela festa . Todas essas decisões foram e são tomadas porque acredito.

Não sou uma fanática religiosa,não sou uma beata,não sou sequer de falar entusiasticamente sobre este assunto.Nem sou apreciadora de debates efusivos. Sou o que sou.Não gosto de ser questionada por terceiros porque já fiz o meu percurso interior.E cada um tem o seu.

Tudo isto para dizer que este Papa parece trazer esperança.Faz-me acreditar na humidade,na simplicidade e no cumprimento do dever de unir povos.(idealista que sou).

Volto já*





Depois dizes que há preguiça!

Mas não há!
Leiria a cidade que me acolheu já lá vão 13 anos ,tem muito para oferecer!
Concertos,bares,tabernas,tascos,mercearias,jovens empreendedores a lutar por pôr esta cidade no mapa do roteiro dos Leirienses e do mundo em geral! :D

Um projecto que conta com amigos de coração,profissionais e acima de tudo,cidadãos que adoram a cidade que os acolhe!

Visitem a Preguiça Magazine e descubram o que podem fazer para combater o sofá!

Volto já*

Paixão



 Veremos se o  Papa Francisco nos desperta tantas emoções como a cultura do país de onde vem.


Volto já*

Pais "afanados"

Esta loucura à volta do Bieber é quase como a loucura pelos Take That ou pelo Axel.
No meu tempo claro está.

Só que no meu tempo os meus pais,felizmente,não me deixavam tatuar (agradeço-lhes eternamente) o nome dos gajos que idolatrava no corpinho.Menos ainda com 15 anos.

Não sou "atadinha" das ideias e acho que a liberdade está para todos e a expressão da nossa individualidade não deve ser limitada.

Mas quero acreditar que quando for mãe e a miuda chegar a casa histérica que quer uma tatoo do idolo,bom nessa altura espero ter capacidade de lhe tirar a ideia da cabeça. Não digo proibir,mas até sou gaja para a incentivar a trocar por algo que no futuro não se venha arrepender de fazer aos 14 anos e depois ter que se submeter a laser.

Posto isto,após ver a reportagem da SIC com inúmeras fãs percebi que os pais dão dinheiro aos filhos só para não terem que aturar birras.Mesmo que isso signifique pagar 40 euros para a miuda ir ver um gajo cantar numa lingua que não entende(true story)!
Também percebi que deixar a miuda de 15 anos ter 6 tatuagens e coisa banal.Ora eu sei que as tatuagens são caras,portanto há muitos pais "afanados" do cérebro em Portugal.

Sim senhora ir ver uns concertos faz bem à alma e tira-nos do marasmo,bláblá agora as tatuagens em miudos isso muito honestamente descontrola-me o cérebro... porque, se tenho amigas que trabalham 8 horas por dias,algumas nem remuneradas são porque optaram por sacrificar a vida em prol de alguma formação..
Porque raio pagam os pais deste país tatuagens  aos filhos de 15 anos que custam sempre para cima de 30 euros(uma estrela ...do tamanho de um feijão)!

Verdade que o meu cerebro anda em espiral ha umas semanas.
Coisinhas cá minhas que me andam a fazer comichão e não as consigo coçar.

Volto já*
 menos azeda espero ;)




Conhecer o Mundo em que vivemos

É perceber que no nosso lado Ocidental a vida de uma mulher é tão livre que decidimos ,porque temos esse direito,ignorar e virar costas ao Dia Internacional da Mulher.

Já não é a primeira vez que falo aqui sobre este assunto.Tudo porque as pessoas que me são próximas(mulheres e homens),têm uma opinião tão pequenina sobre este dia que me deixam espantada,dada a liberdade feminina conquistada para terem opiniões sobre o que quer que seja.

O Dia Internacional da Mulher serve essencialmente para nos relembrar que há MUITAS mulheres diariamente a ser exploradas,escravas na verdadeira terminologia da palavra.Escravas de trabalho forçado,escravas sexuais,escravas de um mundo onde os homens(sem H  grande) governam sobre elas.

Neste dia relembramos que foi e é uma luta ser mulher no Mundo.Não venham com idealismos de algibeira.
Ser mulher até no "nosso mundinho" ocidental e civilizado é duro!
Profissionalmente,socialmente e financeiramente.Todos os dias somos confrontadas com essas dificuldades.Mas conseguem relativizar sempre não é?Parece que está enraizado que até temos muitos direitos e que os homens nos "deram",uma espécie de prémio.O que não é verdade.

Vejam bem que até há uns meses atrás a França retirou uma lei que PROIBIA as mulheres de andarem de calças .Ridículo não é? Pois.. 2013.. Ocidente civilizado e tal..

"
O vestuário feminino continua a despertar paixões políticas na França. Em maio, a ministra da Habitação,  foi criticada por usar uma calça jeans durante o primeiro encontro do gabinete do presidente François Hollande.
Alguns meses depois, antes de começar um discurso na Assembleia Nacional, ela foi alvo de assobios e gracinhas por parte de muitos políticos por estar usando um vestido floral."in Estudos de Direito Publico.br


A luta de hoje,é não esquecer que diariamente há milhões de mulheres que são tratadas como escravas,mercadoria ou "carne pra canhão"..Que são ridicularizadas por usarem saia ou usarem calças.Que são alvo de critica por levarem uma vida desafogada e livre "como se fosse um homem".

E isso deve ser sempre um sinal alerta na nossa consciência,para não cometermos dois erros:

1º celebrar efusivamente esta data com jantares e impor a nossa presença e este dia como O DIA que saem de casa por terem "ordem de saída" ou porque é O DIA que ELE tem que cozinhar só porque sim...

2º não celebrar e não reconhecer que a liberdade de ser mulher  tem pouco mais de 115 anos.Ora se eu tenho 32... Não foi assim há tanto tempo!


Para mim este dia serve  para relembrar que ainda há muito caminho a trilhar.Que há mulheres maravilhosas a lutar muito mais do que eu diariamente pelos meus direitos.

Fica uma amostra mínima daquilo que é feito para ofuscar liberdades,na entrega dos Oscares,o que meio mundo viu na Michelle Obama e no canto o que o outro meio mundo achou que era verdadeo que estava a ver.
Liberdade feminina?Não.Limitar a liberdade. Tanta estrada para andar..


Até já*